O presidente da Argentina, Javier Milei, anunciou uma grande operação militar nas regiões de fronteira com o Brasil, com destaque para os trechos que fazem divisa com Paraná e Santa Catarina. A medida visa combater crimes como tráfico de drogas, contrabando e ações de grupos armados.
A mobilização faz parte da Operação Roca, que terá início na próxima semana e envolverá mais de 10 mil militares, sendo 1.300 direcionados especificamente para a faixa de fronteira.
Ações em áreas rurais e vigilância reforçada
As tropas atuarão em zonas rurais desabitadas, longe dos pontos oficiais de entrada ao Brasil. A operação contará com o apoio de drones, radares móveis, helicópteros, aviões de vigilância e sistemas de comunicação tática, para cobrir monitoramento terrestre, aéreo e fluvial.
O Ministro da Defesa da Argentina, Luis Petri, confirmou que os militares estarão autorizados a realizar prisões de criminosos, inclusive de traficantes de drogas e terroristas. Eles também poderão reagir em caso de agressões.
Região de Misiones é foco da operação
A ministra da Segurança, Patricia Bullrich, destacou que a fronteira com o Brasil na província de Misiones será uma das áreas prioritárias. Ela citou a cidade de Bernardo de Irigoyen, vizinha de Dionísio Cerqueira (SC) e Barracão (PR), como foco de atuação.
Segundo a ministra, há trechos da fronteira em que é possível atravessar a pé, o que facilita ações criminosas. Ela classificou a situação como “um problema muito sério”, mencionando inclusive registros de assassinatos por pistoleiros na região.

Governo brasileiro acompanha com atenção
Fontes do Itamaraty informaram que a operação é considerada um ato interno do governo argentino e, por isso, não exigiria notificação prévia ao Brasil. Entretanto, os dois países mantêm diálogo constante e cooperação ativa em ações de segurança transfronteiriça.
- Fonte: Daiane Carolina/ND+
- Fotos: Divulgação ASCOAGRIN e ND+
- Redação: Edney Manauara