Com o avanço de vírus respiratórios como a Influenza A e o vírus sincicial respiratório (VSR), a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) voltou a reforçar a importância da vacinação contra a gripe. Desde o início da campanha, 1.929.196 doses foram aplicadas no Paraná. A cobertura vacinal segue baixa entre os grupos prioritários com índice de apenas 36,5% do público atingido.
Entre as crianças, a adesão é ainda mais preocupante: apenas 27,2% receberam a vacina, bem abaixo da meta de 90%.
Vírus afetam principalmente crianças pequenas
Durante entrevista coletiva nesta sexta-feira (23), em Londrina, o secretário estadual da Saúde, Beto Preto, destacou a gravidade da situação. Segundo ele, a Influenza A já representa cerca de 20% dos casos analisados e o VSR, que costuma afetar gravemente crianças pequenas, responde por 30% das amostras.
“Estamos vendo uma circulação intensa desses vírus em todo o Paraná. O momento é crítico e exige resposta rápida”, afirmou.
Mais mortes em 2025, apesar de menos casos
Mesmo com ligeira redução no número de casos de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (Srags) em comparação ao ano passado — 8.273 em 2025 contra 8.304 em 2024 —, a gravidade aumentou. “No ano passado, perdemos quatro crianças menores de 12 anos por Srags. Agora, já são 11 vidas perdidas. São números que nos entristecem e nos mobilizam”, alertou Beto Preto.
Mais de 2,7 milhões de doses ainda estão disponíveis
O Paraná tem cerca de 4,7 milhões de doses da vacina contra a gripe disponíveis, mas pouco menos da metade foi aplicada até agora. “Já usamos quase 2 milhões de doses. Ainda temos 2,7 milhões em estoque. A vacina é segura, gratuita e fundamental para evitar complicações e internações”, destacou o secretário.
Para aumentar a cobertura, a Sesa está orientando os municípios a levar a vacinação para fora das unidades de saúde, com ações em feiras, escolas, igrejas e centros comerciais. “É a vacina fora da sala de vacina. É ir até onde o povo está. Essa é a nossa missão”, afirmou.
Conscientização é a principal arma contra os vírus
O Paraná ainda não decretou emergência em saúde pública, ao contrário de estados como Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo. “Seguimos com os indicadores sob controle, mas atentos. Neste momento, nossa aposta é na vacina e na conscientização. Vacinar é um ato de amor coletivo. É proteger a si e aos outros. Vacinar, vacinar e vacinar”, concluiu Beto Preto.
- Fonte: AEN
- Foto: Divulgação/SESA
- Redação: Edney Manauara