Pesquisadores do Paraná desenvolvem modelo biodegradável impresso em 3D, já testado com sucesso em 15 pacientes.
Pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) desenvolvem prótese com antibiótico feita em impressora 3D. O projeto busca tratar infecções pós-cirúrgicas sem a necessidade de retirar a prótese durante o tratamento.
Pesquisadores testaram a nova tecnologia em 15 pacientes no Hospital Universitário Cajuru, em Curitiba, e observaram resultados promissores.
🔹 Alternativa de baixo custo para o SUS
O professor Felipe Francisco Tuon, coordenador do estudo, afirma que o SUS ainda não oferece uma prótese temporária com antibiótico acessível. De acordo com o coordenador, as opções disponíveis atualmente são importadas e de alto custo.
Os pesquisadores fabricam a prótese com um polímero plástico biodegradável, capaz de receber antibióticos diretamente na estrutura. Com isso, conseguem combater a infecção no local exato, porquanto sem deixar o paciente imobilizado por meses.
“Hoje, o paciente infectado precisa tirar a prótese de titânio e ficar até seis meses sem substituição, sentindo dor e correndo risco de complicações”, explica Tuon.
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🔹 Impressora 3D permite personalização
O uso de impressoras 3D permite criar tanto modelos padronizados em larga escala quanto peças personalizadas, mas adaptadas a exames como a tomografia do paciente.
O plano é estender os testes a próteses de joelho e ombro a partir de 2026, além de fornecer as peças à rede pública de saúde.
🔹 Apoio do CNPq acelera produção nacional
Com apoio de R$ 3 milhões do CNPq, o grupo está construindo um centro de impressão 3D para expandir a produção e por conseguinte oferecer as próteses a hospitais públicos de todo o Brasil.
“Já temos material para anos de produção. Vamos distribuir para todos os hospitais que desejarem participar do projeto”, reforça Tuon.