Residência estava sem água, comida e higiene; crianças viviam em condições degradantes
Na manhã desta quarta-feira (24), uma ação conjunta do Conselho Tutelar e da Polícia Civil em Itapejara D’Oeste não só revelou quatro crianças em situação de abandono material, mas também expôs condições alarmantes: as vítimas, com idades entre 2 e 7 anos, viviam tanto sem higiene básica quanto sem alimentação adequada.
Diante disso, os agentes não apenas registraram a ocorrência, como prenderam o pai por abandono material (artigo 244 do CP). Além disso, as crianças foram encaminhadas para avaliação médica, enquanto a Vara da Infância analisa medidas protetivas.
A Polícia Militar atendeu ao chamado do Conselho Tutelar, que já acompanhava o caso, visto que os menores haviam deixado de frequentar a escola e também consultas médicas. Além disso, a dificuldade de contato com o pai aumentou as suspeitas de negligência.
Condições insalubres e falta total de cuidado
Ao chegar à residência, os agentes contaram com o acompanhamento de conselheiras tutelares e uma enfermeira. O pai permitiu a entrada, mas inicialmente resistiu. O que as equipes encontraram foi estarrecedor:
- Falta de água há mais de duas semanas
- Banheiro com fezes transbordando
- Fraldas sujas espalhadas pelos cômodos
- Bitucas de cigarro com odor de entorpecente
- Geladeira desligada, sem alimentos
- Colchões molhados e insalubres
O pai admitiu que usava maconha e cocaína, porém negou o consumo dentro da residência. Apesar disso, as evidências indicavam abandono total.
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Acolhimento e prisão
Diante da gravidade da situação, uma família cadastrada no programa de acolhimento familiar acolheu imediatamente as crianças, com o consentimento do próprio pai. Em seguida, os agentes deram voz de prisão ao homem por abandono material, já que ele não garantiu o mínimo necessário à subsistência dos filhos.
O caso gerou forte comoção entre os agentes públicos envolvidos. Por isso, as autoridades reforçam a importância de denunciar situações semelhantes, seja por meio do Disque 100, seja diretamente aos Conselhos Tutelares ou Delegacias da região.
- Fonte: PB Urgente com informações da PM e Conselho Tutelar
- Foto: Divulgação
- Redação: Edney Manauara
