Deputados, empresários e autoridades se reunirão na próxima segunda-feira (29) a fim de debater os impactos das tarifas dos EUA no Paraná.
Além disso, terá como objetivo discutir estratégias para reduzir impactos sociais e econômicos e pressionar os governos pela negociação comercial.
Setores mais afetados e risco de demissões
O setor de madeira processada é o mais atingido, registrando cerca de 5 mil demissões. Isso porque quase toda a produção de molduras e boa parte da madeira de pinos exportada pelo Brasil tinha como destino principal os EUA.
De acordo com Artagão Júnior, cerca de 38 mil empregos dependem diretamente da cadeia da madeira no Paraná. “É urgente buscar diálogo com os norte-americanos para eliminar essas taxações e, assim, proteger um setor vital para o Estado”, afirmou.

Leia mais:
- Veto ao celular nas escolas aumenta atenção no Brasil
- Máquinas novas chegam a municípios do Sudoeste
Reações políticas e econômicas
O presidente da Alep, Alexandre Curi, ressaltou que a audiência vai debater alternativas, como por exemplo, incentivos fiscais e crédito de ICMS.
Para Fábio Oliveira, o “tarifaço” expôs a fragilidade diplomática, pois o trabalhador sofre com a falta de diálogo internacional.
Já Hussein Bakri defendeu negociações sem ideologias, pois é preciso dialogar com os EUA em nome do Brasil.
Contexto internacional do tarifaço
As tarifas, que chegaram a 50% em agosto, são parte da política comercial do presidente Donald Trump. No caso do Paraná, o impacto foi grande, já que apenas 2,7% dos produtos exportados pelo Estado aos EUA entraram na lista de exceções.
De acordo com o Ipardes, em 2024 o Paraná exportou US$ 1,59 bilhão aos EUA, mas apenas US$ 42,4 milhões foram poupados da nova alíquota.
Serviço
📌 Audiência pública sobre tarifas impostas pelos EUA
🗓 Data: 29 de setembro (segunda-feira)
⏰ Horário: 11h
📍 Local: Plenarinho da Assembleia Legislativa do Paraná

- Fonte: ALEP
- Foto: Claúdio Neves/Portos do Paraná
- Redação: Edney Manauara



