O Ministério Público do Paraná (MPPR), via 15ª Promotoria de Justiça de Cascavel, entregou nesta semana um aditamento à denúncia criminal. Assim como reforçou a investigação sobre o padre afastado, POIS ele é acusado de crimes sexuais E tráfico de drogas.
Logo após a coleta de novos depoimentos, o MPPR requisitou à Justiça adicionar quatro crimes contra três novas vítimas. Além disso, o religioso segue denunciado por 25 crimes e 16 vítimas, com idades entre 12 e 48 anos.
Detalhes da nova denúncia
De acordo com o Ministério Público, o padre responde agora por:
- 9 crimes de estupro de vulnerável;
- 2 de violação sexual mediante fraude (um tentado e um consumado);
- 6 de importunação sexual;
- 7 de tráfico de drogas (vender, entregar a consumo e ministrar);
- 1 de entrega de substância nociva à saúde com fim medicinal.
As investigações são conduzidas pela unidade de Cascavel do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria), dentro da Operação “Lobo em Pele de Cordeiro”.

Indenizações e prisão preventiva
Além da condenação criminal, o MPPR requer o pagamento de indenizações por danos morais e materiais às vítimas, com valores que variam de R$ 20 mil a R$ 150 mil.
O Ministério Público também pediu a manutenção da prisão preventiva do acusado, para garantia da ordem pública e conveniência da instrução criminal, conforme decisão judicial anterior.
Origem do caso
A primeira denúncia, apresentada em 3 de outubro, logo apontou 21 crimes contra 13 vítimas. Portanto, o MPPR detalhou:
- 8 estupros de vulnerável;
- 5 importunações sexuais;
- 2 casos de violação sexual mediante fraude;
- 5 de tráfico de drogas;
- assim como 1 de entrega de substância nociva.
O caso segue sob sigilo judicial, enquanto o ministério público arquivou parte das investigações por prescrição e falta de provas.
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Outros desdobramentos
O Ministério Público solicitou ainda que as polícias de Cascavel e Campo Mourão apurem novas denúncias de crimes sexuais e de charlatanismo. Ademais, essas ocorrências podem estar relacionados ao padre afastado ou a outros religiosos.
O MPPR requisitou investigação sobre a transferência do denunciado ao CMP, em Curitiba, realizada em 15 de setembro. Isso se deve porque a Promotoria ficou sem notificação prévia e informações, assim como a Polícia Civil.
Reparação coletiva e comunitária
O MPPR detalhou que os autos seguem para a 12ª Promotoria de Justiça de Cascavel, a fim de avaliar danos individuais e coletivos, bem como o impacto sobre a comunidade.
As condutas investigadas aconteceram desde 2010, por isso, violaram direitos fundamentais ligados à fé, vulnerabilidade social e confiança religiosa.

- Fonte: MPPR
- Foto: Reprodução/Redes Sociais
- Redação: Edney Manauara



