A maioria das famílias deixou o programa após alcançar renda acima de R$ 218 por pessoa, seja por meio de trabalho formal ou pelo empreendedorismo.
No mês de julho, 958 mil famílias deixaram de receber o Bolsa Família por uma razão positiva: alcançaram uma renda suficiente para superar a pobreza, segundo dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento Social.
A maioria das famílias, ou seja, 536 mil, cumpriu o tempo máximo da chamada regra de proteção, que permite o recebimento de 50% do benefício por até 24 meses após atingirem uma renda per capita entre R$ 218 e meio salário mínimo.

Renda de trabalho impulsionou a mudança
De acordo com o ministro Wellington Dias, os principais fatores para essa transição foram a conquista de empregos estáveis e o fortalecimento do empreendedorismo entre os beneficiários. “A gente dá a mão para essas pessoas se qualificarem e estruturarem um pequeno negócio. E, por meio da renda de trabalho, 3,5 milhões de pessoas saíram da pobreza só em 2025”, afirmou.
Desde o início do atual governo, em 2023, mais de 8,6 milhões de pessoas deixaram a situação de pobreza, o que representa quase 24 milhões de brasileiros fora da linha da pobreza, conforme dados do ministério.
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Educação, capacitação e apoio ao pequeno negócio
O ministro destacou que, para continuarem recebendo o benefício, as famílias precisam cumprir compromissos nas áreas de educação, saúde e trabalho. Além disso, segundo ele, o programa atua em três frentes principais, as quais se complementam e visam promover a inclusão social e econômica:
- Educação: crianças e jovens devem estar matriculados, frequentando a escola regularmente e, ao final do período letivo, sendo aprovados. Desse modo, o programa contribui para a permanência dos estudantes na escola e, consequentemente, para a melhoria da qualidade de vida no futuro.
- Qualificação profissional: o governo firmou parcerias com estados, municípios e também com empresas privadas, com o objetivo de capacitar os beneficiários e, assim, ampliar as oportunidades de inserção no mercado de trabalho. Com isso, espera-se garantir maior autonomia às famílias.
- Apoio ao pequeno negócio: as famílias têm acesso a programas como Acredita, Pronaf e Agroamigo, os quais fortalecem o empreendedorismo e, portanto, promovem a autonomia financeira. Por meio dessas iniciativas, o governo busca estimular a geração de renda própria e reduzir a dependência do benefício assistencial.
Combate ao preconceito
Wellington Dias também repudiou o preconceito contra os beneficiários do Bolsa Família, visto que, muitas vezes, essas pessoas sofrem acusações infundadas de acomodação. No entanto, segundo ele, “na verdade, muitos estão saindo do programa para ingressar até mesmo na classe média. Estão progredindo”. Com essa declaração, o ministro destacou os avanços sociais e econômicos conquistados por diversas famílias, os quais demonstram o impacto positivo das políticas públicas de inclusão.

- Fonte: Agência Brasil
- Foto: Lyon Santos/ MDS
- Redação: Edney Manauara



