Unidade do Gaeco em Francisco Beltrão investiga clínicas suspeitas de falsificar certificados para disputar processos e, além disso, atender crianças com autismo sem a qualificação profissional adequada.
O Gaeco deflagrou nesta quinta-feira (21) a Operação Ártemis, pois está investigando clínicas de fonoaudiologia suspeitas de falsificar certificados para disputar licitações e atender crianças com autismo.
Mandados cumpridos
A Justiça de Pato Branco expediu quatro mandados de busca e apreensão, atingindo duas clínicas de fonoaudiologia e as residências dos sócios em São Lourenço do Oeste (SC) e Pato Branco (PR), enquanto o Gaeco de Santa Catarina apoiou a operação, fortalecendo a fiscalização e a investigação dos crimes suspeitos.
Confira no áudio abaixo sonora compromotor de Justiça Tiago Vacari:
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Esquema investigado
Conforme apurações iniciadas em 2024 pela Delegacia de Polícia de Coronel Vivida, os envolvidos falsificavam certificados para receber valores maiores do Consórcio Intermunicipal de Saúde (Conims).
A prática buscava garantir contratos de atendimento especializado, mesmo sem a qualificação exigida, e, além disso, o MPPR suspeita que tenham fraudado outros órgãos públicos.
A investigação mira um servidor municipal de Santa Catarina, que atende alunos da rede pública em fonoaudiologia, e assim reforça a gravidade das irregularidades
Medidas judiciais
A pedido do Gaeco, a Justiça suspendeu atendimentos realizados por profissionais que usaram certificados falsos. Além disso, apreendeu documentos e equipamentos eletrônicos para perícia e investigação aprofundada.
Declaração oficial
O promotor de Justiça Tiago Vacari destacou que a operação visa proteger crianças com TEA, pois a falsificação permitia que clínicas realizassem atendimentos sem qualificação adequada.
Ele afirmou que o objetivo era habilitar clínicas em licitações e, assim, atender crianças autistas sem a preparação necessária.
- Fonte: MPPR
- Foto: MPPR
- Redação: Edney Manauara