A Polícia Civil concluiu nesta segunda-feira (29) o inquérito contra o padre Genivaldo em Cascavel, acusado de crimes sexuais e outras práticas ilícitas.
Conclusão do inquérito policial
Pela manhã, a Polícia Civil do Paraná, por meio do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria), anunciou a conclusão do inquérito em relação ao padre Genivaldo dos Santos, de Cascavel.
As investigações identificaram 10 vítimas de crimes sexuais bem como outras condutas ilícitas atribuídas ao religioso, que atuava na cidade na condição de sacerdote.

Crimes imputados ao padre
Os investigadores concluíram o trabalho e indiciaram o padre pelos seguintes crimes:
- Estupro de vulnerável (Art. 217-A, CP);
- Violação sexual mediante fraude (Art. 215, CP);
- Importunação sexual (Art. 215-A, CP);
- Assédio sexual (Art. 216-A, CP);
- Curandeirismo (Art. 284, CP);
- Tráfico de drogas (Art. 33, Lei 11.343/2006).
A Polícia Civil afirmou que as condutas foram repetidas e, ao mesmo tempo, atingiram várias vítimas, portanto houve concurso de crimes.
Penas podem ultrapassar 150 anos
O inquérito reconheceu a agravante do abuso do ministério religioso (Art. 61, II, g, CP). Além disso foram aplicados os institutos da continuidade delitiva (Art. 71, CP), bem como do concurso material de crimes (Art. 69, CP).
➡️ Por isso, o somatório das penas ultrapassa 150 anos de prisão.
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Processo segue na Justiça
Assim que os investigadores concluíram o trabalho, encaminharam o inquérito ao Poder Judiciário, pois este será responsável pela ação penal.
A Polícia Civil, no entanto, manterá sigilo sobre informações que possam identificar as vítimas ou prejudicar a tramitação judicial.
Prisão e situação atual do padre
O padre Genivaldo dos Santos está preso desde 24 de agosto, pois a Justiça determinou a prisão temporária após ele tentar contato com possíveis vítimas, atitude que poderia atrapalhar as investigações.
Em seguida, no dia 22 de setembro, o Poder Judiciário prorrogou a prisão por mais 30 dias. Atualmente, o religioso segue no Complexo Médico Penal de Curitiba.
Processo canônico na Igreja
Ao mesmo tempo em que corre a ação na Justiça, a Arquidiocese de Cascavel mantém o processo canônico. De acordo com a nota oficial, o Tribunal Eclesiástico encontra-se na fase final de oitivas.
Assim que esta etapa for concluída, os autos seguirão para o Dicastério para a Doutrina da Fé, no Vaticano, porque o Direito Canônico determina que este órgão tem a decisão final.
Ainda conforme a Arquidiocese, não haverá concessão de entrevistas sobre o caso.
Colaboração de órgãos parceiros
A Polícia Civil, afirmou que a investigação foi feita com rigor técnico e, ainda, com apoio de órgãos parceiros. Por outro lado, a instituição frisou a relevância de garantir a dignidade das vítimas enquanto ocorre o processo.
Assim, qualquer denúncia de crimes de violência pode ser feita de forma anônima pelos canais 📞197 (PCPR) ou 📞181 (Disque Denúncia).

- Fonte: CATVE e Mídia Sudoeste com 15º SDP
- Foto: Reprodução
- Redação: Edney Manauar



