Pais que notaram mudança no comportamento dos filhos denunciaram o caso. Polícia investiga o ocorrido com base em vídeos.
A professora Aparecida de Lúcia Borges, com 20 anos de atuação no CMEI Maria Inês Ferreira dos Santos, em Mangueirinha (PR), foi afastada temporariamente após denúncias de maus-tratos a crianças de dois anos.
O caso veio à tona quando pais notaram alterações no comportamento dos filhos e, ao acessarem as câmeras de segurança da escola, sete famílias reconheceram as crianças nas imagens.
🔹 Vídeos mostram condutas investigadas
Nas gravações, a professora aparece puxando crianças pelo braço e pela cabeça, em situações que levantaram dúvidas quanto à integridade física e emocional dos pequenos. A Secretaria Municipal de Educação decidiu pelo afastamento cautelar enquanto um processo administrativo apura a conduta.
“Ela tem um dever de cuidado, mas ali ela está abusando ao puxá-los de forma agressiva”, explicou o delegado Breno Machado, que conduz a investigação.
🔹 Polícia Civil avalia crime de maus-tratos
A Polícia Civil do Paraná analisa se a conduta da educadora configura crime de maus-tratos, conforme previsto no Código Penal. Segundo o delegado, não é necessário que haja lesão corporal para que o crime se configure: colocar a criança em risco já caracteriza o delito, em tese.
🔗 Veja também:
- Nova Prata do Iguaçu: Homem é preso por extorsão por meio de imagens íntimas
- Violência doméstica mobiliza PM em Planalto
🔹 Pais relatam comportamento alterado
Os pais afirmam que notaram mudanças no comportamento das crianças, como agressividade e medo. Uma mãe contou que a filha chegou chorando da escola e dizia que a professora era “brava”. Outro pai relatou que ficou profundamente abalado ao ver a filha sendo puxada pela cabeça.
🔹 Atendimento psicológico e apoio às famílias
A Secretaria de Educação anunciou que está preparando, junto à Secretaria de Saúde, um serviço de atendimento psicológico para alunos e familiares, com o intuito de dar suporte emocional.
Por outro lado, a defesa da professora divulgou uma nota afirmando que só se pronunciará judicialmente e que tem convicção da inocência da educadora.
- Fonte: G1
- Foto: Reprodução/Câmera de Vigilância
- Redação: Edney Manauara



