Policiais cumpriram mandados em Francisco Beltrão e Pato Branco; o esquema levava celulares para dentro da penitenciária.
O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) deflagrou nesta quarta-feira (9) a Operação Dinheiro Fácil, com o cumprimento de três mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão nos municípios de Pato Branco e Francisco Beltrão, no Sudoeste do Paraná.
Portanto, essa operação visa desarticular uma associação criminosa responsável pela entrada ilegal de celulares na Penitenciária Estadual de Francisco Beltrão.
🔹 Esposa de um detento tentou apagar provas e acabou presa
Os agentes prenderam dois detentos e a esposa de um deles durante a operação. A mulher, que supostamente atuava como receptora e transportadora dos aparelhos para dentro da prisão. Então durante a operação ela foi flagrada apagando mensagens no celular e acabou detida por fraude processual.
Nas buscas realizadas nas casas dos investigados, o Gaeco encontrou documentos e aparelhos eletrônicos que foram apreendidos e, logo em seguida, serão periciados para comprovar as suspeitas.
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🔹 Investigação começou com agente terceirizado
As investigações começaram em janeiro, quando a Polícia Militar encontrou oito celulares com um agente penitenciário terceirizado. Embora ele estivesse atuando temporariamente em Londrina, sua lotação oficial era em Francisco Beltrão.
De acordo com as provas, o agente receberia R$ 10 mil por cada aparelho entregue aos detentos e ainda aceitou um veículo como propina. As autoridades continuaram investigando, após o afastamento dele, para identificar outros envolvidos.
🔹 R$ 150 mil em propina em apenas três meses
De acordo com o Gaeco, em apenas três meses de atuação, o agente envolvido já teria recebido cerca de R$ 150 mil, o que deu origem ao nome da operação: “Dinheiro Fácil”.
🔹 Grupo está ligado a tráfico e corrupção
Além desses três presos, as investigações já haviam levado à prisão de um quarto indivíduo, acusado de tráfico de drogas. Assim, até o momento, a operação já resultou em quatro detenções.
Com base nos materiais apreendidos e no cruzamento de dados, agora as autoridades continuam as buscas por outros possíveis envolvidos.
- Fonte: MPPR
- Foto: Divulgação/MPPR
- Redação: Edney Manauara