A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu oito pessoas nesta terça-feira (8) por suspeita de envolvimento em um esquema de funcionários fantasmas na Prefeitura de Clevelândia, no Sudoeste do estado. Segundo as investigações, o grupo desviou cerca de R$ 800 mil em salários pagos irregularmente. A operação também cumpriu 11 mandados de busca e apreensão em quatro cidades e bloqueou bens dos investigados.
Detalhes da Operação
Além das prisões preventivas, a Operação Fantasmas – como foi batizada – cumpriu mandados em Clevelândia, Chopinzinho, Pato Branco e Campina da Lagoa. A Justiça também determinou o bloqueio de contas bancárias, veículos e outros bens dos suspeitos, além da quebra de sigilos fiscal e bancário.
De acordo com a delegada Alini Simadon, responsável pelo caso, os investigados recebiam salários sem desempenhar nenhuma função na prefeitura. “Identificamos que os envolvidos eram remunerados sem qualquer vínculo real com o serviço público”, afirmou.
Em entrevista coletiva na cidade de Pato Branco a Polícia Civil também comunicou a imprensa que um dos alvos de mandado de prisão não estava em Chopinzinho e é considerado foragido.
Esquema Criminoso e Próximos Passos
A prefeita de Clevelândia, Rafaela Martins Losi (PSD) e sua equipe receberam denúncias de que haviam funcionários fantasmas na administração municipal e encaminharam à polícia civil para averiguação, segundo a delegada Alini.
As investigações apontam que um servidor público concursado da Prefeitura de Clevelândia articulava o esquema. Os presos responderão por organização criminosa e peculato-estelionato (crime contra a administração pública). Além de salários que eram repartidos entre o servidor concursado e os funcionários fantasmas, há empréstimos feitos a partir dos cargos que “ocupavam” na administração municipal.
O servidor concursado que era chefe do RH da Prefeitura, inicialmente contratava os fantasmas como agentes de saúde e depois os transferiam para cargos comissionados de motoristas.
A polícia ainda apura outros possíveis envolvidos neste esquema de funcionários fantasmas e o prejuízo total aos cofres públicos. “O valor desviado pode aumentar conforme avançamos nas análises”, destacou a delegada.
- Fonte: PCPR
- Imagens: Reprodução/PCPR
- Redação: Edney Manauara