O Paraná consolidou-se como referência nacional no Sistema Nacional de Análise Balística (Sinab), registrando 634 compatibilidades (“matches”) desde 2022. O estado só fica atrás do Rio Grande do Norte (845) e é o 4º em inserções de dados, com quase 5 mil amostras analisadas.
O sistema funciona como uma “impressão digital” de armas, cruzando dados de projéteis e estojos de crimes em todo o país. Os resultados já ajudaram a solucionar casos complexos, como um assalto a uma transportadora em Guarapuava, que teve ligações com crimes em SC, SP, MG e PA.
Tecnologia e Investigação
✔ Como funciona o Sinab?
- Analisa marcas únicas em balas e cartuchos.
- Compara dados com um banco nacional.
- Gera “matches” que ligam armas a múltiplos crimes.
✔ Casos emblemáticos
- Duas pistolas conectadas a 15 inquéritos.
- Armas apreendidas pelo Cope vinculadas a 5 homicídios.
✔ Crescimento exponencial
- 2022: 70 matches
- 2023: 117 (+67%)
- 2024: 383 (+227%)
- 2025 (até março): 52 novos

Estrutura e Investimentos
A Polícia Científica do Paraná (PCP) conta com:
- 4 microscópios Vision X (Curitiba, Maringá, Londrina).
- 2 máquinas IBIS TRAX HD3D (triagem automática).
- Novos polos em Ponta Grossa, Cascavel e Foz do Iguaçu.
Além disso, 136 técnicos foram contratados em 2023, e 30 peritos estão em fase final de seleção.
Trabalho Integrado
A eficiência do Sinab depende da colaboração entre:
- Polícia Civil (investigações).
- Polícia Militar (isolamento de cenas).
- Polícia Científica (análises técnicas).

“Antes, os confrontos eram limitados. Agora, identificamos conexões inesperadas entre crimes”, explica Leonel Letnar Jr., da PCP.
- Fonte: AEN
- Foto: Roberto Dizuira Jr/AEN
- Redação: Edney Manauara