A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu 13 pessoas na manhã desta terça-feira (15) durante uma megaoperação contra uma organização criminosa que atuava no tráfico interestadual de drogas. A ação foi realizada simultaneamente em Francisco Beltrão, Manfrinópolis, Três Barras do Paraná e Chapecó (SC), com apoio aéreo e de cães farejadores.
Ao todo, 120 policiais civis cumpriram 12 mandados de prisão preventiva por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Um dos presos é apontado como o líder do grupo. Outros três indivíduos foram autuados em flagrante por tráfico e posse ilegal de arma de fogo. Os policiais também executaram 24 mandados de busca e apreensão, além de sequestro de veículos e bloqueio de contas bancárias.
Drogas, armas e veículos apreendidos
Nos locais investigados, a PCPR apreendeu cinco veículos, um caminhão, três armas de fogo, munições e cerca de meio quilo de drogas. O grupo usava áreas rurais no Sudoeste como depósitos temporários para grandes cargas de entorpecentes vindas da fronteira, que depois seguiam para outros estados, com destaque para Santa Catarina.
Investigação começou em 2023
A investigação teve início em junho de 2023, após a PRF apreender cinco toneladas de maconha em Francisco Beltrão. O material era transportado em um caminhão, e um homem foi preso em flagrante. Desde então, outras grandes apreensões foram relacionadas ao grupo, inclusive uma carga escondida em sacos de farinha de trigo em São Paulo e outra, de 2,8 toneladas, interceptada em Minas Gerais.
R$ 52 milhões movimentados
A PCPR identificou que a organização lavava o dinheiro do tráfico por meio de empresas de fachada nos ramos de alimentação, hotelaria, beleza, entretenimento e transporte. Em dois anos, o grupo movimentou mais de R$ 52 milhões. O líder do esquema morava em um prédio de alto padrão e mantinha negócios em nomes de laranjas.
A delegada Franciela Alberton explicou que o casal responsável por parte do esquema utilizava contas bancárias de empresas para disfarçar os valores recebidos com a venda de entorpecentes. “Uma dessas contas foi usada para o pagamento da droga fornecida pela organização criminosa de Francisco Beltrão”, afirmou.
- Fonte: PCPR
- Foto: Divulgação/PCPR
- Redação: Edney Manauara